quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O Porquê da greve em Goiás


Ao longo do ano de 2003, professores e funcionários administrativos enfrentaram morosidade em dialogar com governador do Estado e não obtiveram respostas satisfatórias às reivindicações da categoria.Em 2004, diante da iminência de paralisação das atividades, por parte dos trabalhadores em educação, o governo anunciou um reajuste de salários para todos os servidores, sem, no entanto, dialogar com a categoria. Alguns pontos do propalado reajuste devem ser esclarecidos:• o reajuste anunciado só deve ser aplicado em maio;• R$ 100,00 não é o valor real de alteração dos salários, que ainda sofrem descontos para Saúde e Previdência;• o anúncio do governo ignora a estrutura das tabelas de salários dos Planos de Carreira de professores e funcionários administrativos que estabelecem remuneração de acordo com a formação e tempo de serviço. Estas Leis são frutos de conquistas históricas da categoria. • o índice anunciado pelo governo não garante a reposição das perdas de 32,38% compreendidas entre setembro/2001 e 1.º de março/2004.
Além da defasagem salarial de quase três anos, a situação dos trabalhadores em educação da Rede Estadual de Ensino permanece precária e a categoria também enfrenta, entre outras dificuldades:• atraso em 11 meses no repasse do vale transporte;• extinção do cargo de merendeira;• deficiências nas estruturas físicas e de funcionamento das escolas;• descumprimento de direitos adquiridos e• número insuficiente de vagas no concurso para professor - oferta de 5300, em detrimento à demanda de 10.000.A proposta apresentada pelo governo, portanto, não soluciona os problemas da Educação em Goiás. Diante desta indesejável realidade, os professores e funcionários administrativos não tiveram outra saída a não ser a deflagração da greve nas escolas estaduais até o atendimento de suas reivindicações.

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